Compreender o funcionamento dos ataques e identificar os pontos de maior vulnerabilidade é essencial para adotar as medidas adequadas de proteção.
Durante a inesquecível e cruel pandemia, observamos um aumento significativo na superfície de ataque, superando qualquer período anterior. Esta expansão acarretou em desafios adicionais.
Lamentavelmente, muitas organizações têm enfrentado dificuldades crescentes em quantificar com precisão a extensão e a complexidade de sua superfície de ataque, resultando em uma exposição maior de seus ativos digitais e físicos às ameaças.
Por sorte, ao adotar algumas práticas recomendadas, é viável aprimorar a visibilidade da superfície de ataque de uma organização, proporcionando uma compreensão mais clara do que é essencial para reduzi-la e controlá-la.
Quando terminar de ler esse artigo, sua empresa estará mais preparada para reduzir as ameaças e maximizar sua segurança digital.
O que é uma superfície de ataque?
É o conjunto de todos os pontos de entrada e vulnerabilidades de um sistema que podem ser explorados por ameaças internas ou externas. Esses pontos de entrada podem incluir dispositivos de rede, servidores, aplicativos, usuários e até mesmo parceiros comerciais.
Quanto maior a superfície de ataque, maior a probabilidade de um ataque bem-sucedido.
Pode ser tanto digital quanto física. Vamos analisar cada uma delas.
Superfície de ataque digital:
Engloba todas as vulnerabilidades e pontos de entrada em um ambiente digital, como redes, sistemas, aplicativos e dados.
Isso pode incluir falhas de segurança em software, configurações inadequadas de rede, senhas fracas, falta de atualizações de segurança, e até mesmo engenharia social, onde os atacantes exploram a confiança dos usuários para obter acesso não autorizado.
As ameaças digitais podem incluir malware, ransomware, phishing, ataques de negação de serviço (DDoS), ataques de força bruta, entre outros.
Superfície de ataque física:
A superfície de ataque física abrange todas as vulnerabilidades e pontos de entrada em um ambiente físico, como instalações, edifícios, equipamentos e dispositivos.
Isso pode incluir acesso não autorizado a prédios ou áreas restritas, roubo de dispositivos físicos, como laptops ou unidades de armazenamento, e até mesmo a manipulação física de sistemas ou equipamentos para comprometer sua segurança.
As ameaças físicas podem vir na forma de intrusos, ladrões, funcionários mal-intencionados, desastres naturais, e outros eventos que podem comprometer a integridade física dos ativos da organização.
Embora as superfícies de ataque digital e física tenham características distintas, é importante reconhecer que elas muitas vezes se sobrepõem e podem ser exploradas de maneira combinada por atacantes em busca de acesso não autorizado ou para causar danos às organizações.
Portanto, uma abordagem abrangente e integrada à segurança, que considere tanto os aspectos digitais quanto físicos, é essencial para proteger efetivamente os ativos e garantir a continuidade dos negócios.
Como as organizações podem reduzir a superfície de ataque?
- Avaliação de Riscos e Vulnerabilidades: O primeiro passo para reduzir a superfície de ataque é entender as vulnerabilidades e os riscos associados aos sistemas e processos da organização. Isso pode ser feito por meio de avaliações de segurança regulares, pentesters e monitoramento contínuo da infraestrutura de TI.
- Implementação de Políticas de Segurança: As organizações devem estabelecer políticas de segurança claras e abrangentes que abordam áreas como acesso de usuários, gerenciamento de senhas, criptografia de dados, prevenção de malware e atualizações de software. Educar os funcionários sobre práticas seguras de computação também é essencial.
- Segmentação de Rede: A segmentação de rede envolve dividir a infraestrutura de TI em sub-redes menores e controlar o tráfego entre elas por meio de firewalls e políticas de acesso. Isso limita a propagação de um eventual ataque, isolando partes críticas da rede e reduzindo a superfície de ataque como um todo.
- Monitoramento e Detecção de Ameaças: Implementar soluções de monitoramento de segurança e detecção de ameaças pode ajudar as organizações a identificar atividades suspeitas ou maliciosas em tempo real. Isso inclui o uso de ferramentas de análise de comportamento de usuários, sistemas de detecção de intrusões e análise de tráfego de rede.
- Atualizações e Patches de Segurança: Manter todos os sistemas, aplicativos e dispositivos atualizados com os patches de segurança mais recentes é fundamental para fechar vulnerabilidades conhecidas. As organizações devem implementar políticas de atualização rigorosas e automatizadas para garantir que nenhum sistema fique desatualizado por muito tempo.
- Gestão de Acesso Privilegiado: Limitar o acesso privilegiado apenas a usuários autorizados e monitorar de perto as atividades desses usuários pode ajudar a evitar abusos ou comprometimentos de contas privilegiadas. Isso pode ser feito por meio de soluções de gerenciamento de identidade e acesso, como controle de acesso baseado em função e autenticação multifatorial.
- Backup e Recuperação de Dados: Implementar políticas robustas de backup e recuperação de dados é importante para garantir a resiliência em caso de violação de segurança ou perda de dados. Os backups devem ser realizados regularmente e armazenados de forma segura, de preferência em locais externos e isolados da rede principal.
- Conscientização e Treinamento dos Funcionários: Os funcionários são frequentemente considerados o elo mais fraco na segurança da informação, portanto, é essencial educá-los sobre os riscos de segurança, as políticas da empresa e as práticas recomendadas de segurança cibernética. Isso pode incluir treinamentos regulares, simulações de phishing e programas de recompensa por relatórios de vulnerabilidades.
No mundo da tecnologia corporativa, tudo está sempre mudando. Com o uso cada vez mais comum de máquinas virtuais, contêineres e micro serviços, e a constante entrada e saída de funcionários, além da chegada de novos equipamentos e softwares, é crucial acompanhar essas mudanças.
Para gerenciar e compreender adequadamente a superfície de ataque, é necessário contar com ferramentas ágeis e inteligentes que operem com dados em tempo real
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