A criptografia é a arte e a ciência de transformar informações em códigos secretos, de modo que apenas as pessoas autorizadas possam acessá-las. A criptografia é usada para proteger a comunicação, os dados, as transações, as identidades e muitas outras coisas no mundo digital. A criptografia é essencial para garantir a segurança, a privacidade e a confiança na era da informação.
No entanto, a criptografia também pode ser usada para fins maliciosos, como o ransomware. O ransomware é um tipo de malware que criptografa os arquivos do computador da vítima e exige um resgate para descriptografá-los. O ransomware é uma ameaça crescente que pode causar grandes prejuízos financeiros, operacionais e reputacionais para as empresas. Segundo um relatório da Cybersecurity Ventures, o ransomware deve custar ao mundo US$ 20 bilhões em 2023, um aumento de 57 vezes em relação a 2015.
O que é o ransomware?
O ransomware é um tipo de malware que sequestra os dados do computador da vítima e os torna inacessíveis, a menos que um resgate seja pago. O ransomware geralmente é distribuído por meio de e-mails falsos, links maliciosos, anexos infectados, downloads ilegais, redes sociais, dispositivos removíveis ou outras formas de engenharia social. Uma vez que o ransomware infecta o computador, ele procura por arquivos importantes, como documentos, planilhas, fotos, vídeos, bancos de dados, etc., e os criptografa com uma chave secreta que só o atacante possui. Em seguida, o ransomware exibe uma mensagem na tela do computador, informando à vítima que seus arquivos foram bloqueados e que ela deve pagar uma certa quantia de dinheiro, geralmente em criptomoedas como Bitcoin, para obter a chave de descriptografia. O ransomware também pode ameaçar a vítima com um prazo para o pagamento, caso contrário, os arquivos serão apagados ou divulgados publicamente.
O ransomware é um crime cibernético que visa extorquir dinheiro das vítimas, explorando o valor dos seus dados e a sua falta de backup. O ransomware pode afetar qualquer pessoa ou organização que use um computador, independentemente do seu tamanho, setor ou localização. O ransomware pode causar sérios danos, como:
- Perda de dados críticos e confidenciais: Os dados são um dos ativos mais valiosos de uma empresa, pois contêm informações sobre clientes, fornecedores, funcionários, produtos, serviços, finanças, estratégias, etc. A perda desses dados pode comprometer a competitividade, a produtividade, a qualidade, a inovação e a satisfação da empresa. Além disso, a perda de dados confidenciais pode violar leis e regulamentos de proteção de dados, como a LGPD no Brasil, e expor a empresa a riscos de espionagem, fraude, chantagem e extorsão.
- Interrupção das operações e dos serviços: O ransomware pode afetar o funcionamento normal dos sistemas e dos equipamentos da empresa, impedindo que ela realize suas atividades e atenda seus clientes. A interrupção das operações e dos serviços pode gerar atrasos, cancelamentos, reclamações, perda de receita, aumento de custos, redução de eficiência e de qualidade, e insatisfação dos clientes e dos funcionários.
- Custos de recuperação e de restauração: O ransomware pode exigir um alto investimento para recuperar e restaurar os dados e os sistemas afetados. Os custos de recuperação e de restauração podem incluir o pagamento do resgate, a contratação de especialistas em segurança, a compra de novos equipamentos, a realização de backups, a instalação de atualizações, a implementação de medidas de segurança, a realização de auditorias, a contratação de seguros, etc.
- Multas e sanções legais: O ransomware pode violar as normas e as obrigações legais da empresa, especialmente aquelas relacionadas à proteção de dados, à segurança da informação, à continuidade dos negócios, à responsabilidade civil, à prestação de contas, etc. A violação dessas normas e obrigações pode acarretar multas e sanções legais, que podem variar de acordo com a gravidade, a frequência e a extensão do dano causado. As multas e sanções legais podem afetar o patrimônio, a liquidez, a rentabilidade e a solvência da empresa.
- Danos à reputação e à confiança: O ransomware pode prejudicar a imagem e a credibilidade da empresa perante seus clientes, fornecedores, parceiros, funcionários, acionistas, reguladores, mídia, sociedade, etc. Os danos à reputação e à confiança podem afetar a lealdade, a fidelidade, a preferência, a recomendação, a satisfação, a motivação, o engajamento, o valor e a competitividade da empresa. Os danos à reputação e à confiança podem ser difíceis de reparar e podem exigir um esforço de comunicação, transparência, responsabilidade, compromisso e melhoria contínua.
- Riscos à segurança e à privacidade: O ransomware pode comprometer a segurança e a privacidade dos dados da empresa e das pessoas envolvidas, como clientes, fornecedores, funcionários, etc. Os riscos à segurança e à privacidade podem incluir o acesso não autorizado, a alteração, a cópia, a divulgação, a destruição, o uso indevido, o abuso, a exploração, a manipulação, a extorsão, a chantagem, a fraude, a espionagem, o roubo de identidade, etc. Os riscos à segurança e à privacidade podem causar danos materiais, morais, psicológicos, emocionais, físicos, etc.
Por isso, é fundamental que as empresas se protejam contra o ransomware, adotando medidas de prevenção, detecção e resposta.
Como funciona o ransomware?
O ransomware é um tipo de malware que usa a criptografia para bloquear os dados da vítima. A criptografia é um processo que transforma informações em códigos incompreensíveis, que só podem ser revertidos com uma chave específica. A criptografia é usada para proteger os dados de olhares indiscretos, mas também pode ser usada para impedir o acesso aos dados.
Existem dois tipos principais de criptografia: a simétrica e a assimétrica. A criptografia simétrica usa a mesma chave para criptografar e descriptografar os dados. A criptografia assimétrica usa duas chaves diferentes: uma pública, que pode ser compartilhada com qualquer pessoa, e uma privada, que deve ser mantida em segredo. A chave pública é usada para criptografar os dados, e a chave privada é usada para descriptografar os dados.
O ransomware pode usar tanto a criptografia simétrica quanto a assimétrica, dependendo do seu tipo e da sua complexidade. O ransomware mais simples usa apenas a criptografia simétrica, gerando uma chave aleatória para cada computador infectado e armazenando-a no próprio computador ou em um servidor remoto controlado pelo atacante. O ransomware mais sofisticado usa a criptografia assimétrica, gerando um par de chaves para cada computador infectado e enviando a chave pública para o servidor do atacante, enquanto mantém a chave privada em segredo. Dessa forma, o atacante pode garantir que apenas ele possa descriptografar os dados da vítima, mesmo que a chave pública seja descoberta.
O funcionamento básico do ransomware é o seguinte:
- O atacante cria ou obtém um código malicioso que contém o algoritmo de criptografia e a mensagem de resgate.
- O atacante distribui o código malicioso por meio de diversos canais, como e-mails, links, anexos, downloads, etc., tentando enganar a vítima para que execute o código em seu computador.
- O código malicioso é executado no computador da vítima, verificando se há alguma proteção antivírus ou firewall que possa impedir o seu funcionamento. Se não houver, o código malicioso prossegue com a infecção.
- O código malicioso gera uma chave de criptografia, que pode ser simétrica ou assimétrica, dependendo do tipo de ransomware. A chave é usada para criptografar os arquivos do computador da vítima, tornando-os inacessíveis. A chave também pode ser enviada para o servidor do atacante, para que ele possa descriptografar os arquivos caso a vítima pague o resgate.
- O código malicioso exibe uma mensagem na tela do computador da vítima, informando que seus arquivos foram bloqueados e que ela deve pagar um resgate para recuperá-los. A mensagem também pode conter instruções sobre como pagar o resgate, geralmente em criptomoedas, e como entrar em contato com o atacante. A mensagem também pode estabelecer um prazo para o pagamento, caso contrário, os arquivos serão apagados ou divulgados publicamente.
- A vítima fica sem acesso aos seus dados e tem que decidir se paga ou não o resgate. Se a vítima pagar o resgate, o atacante pode enviar a chave de descriptografia ou o código para desbloquear os arquivos. Se a vítima não pagar o resgate, o atacante pode apagar ou divulgar os arquivos, ou simplesmente ignorar a vítima.
O ransomware é um tipo de ataque que explora a vulnerabilidade humana e a dependência dos dados. Por isso, é importante que as empresas se conscientizem sobre o risco do ransomware e adotem medidas de segurança para prevenir, detectar e responder a esse tipo de ameaça.
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