De maneira geral, há uma tendência de se pensar que o custo associado aos ataques cibernéticos se limita ao valor do resgate exigido pelos criminosos, mas, na realidade, como diz a máxima popular: o buraco é mais embaixo!
O problema vai muito além disso.
Se você acha que pagar o que é exigido pelos invasores será o único gasto necessário para recuperar os danos, leia este artigo. Nele, vamos explicar detalhadamente todos os custos (e muita dor de cabeça) que uma invasão cibernética pode causar a uma organização.
Cenário atual
Os criminosos deixaram de visar sistemas individuais e passaram a paralisar redes inteiras, incluindo infraestruturas críticas e grandes corporações, levando a perturbações financeiras e operacionais significativas. O impacto vai além da perda financeira imediata; muitas vezes resultam em danos à reputação a longo prazo e na perda de confiança dos clientes nas organizações afetadas.
Embora já tenhamos abordado o assunto do ransomware várias vezes, é possível perceber que as notícias sobre esse tipo de ameaça não são tão frequentes quanto antes, especialmente para aqueles que acompanham o cenário de segurança.
Esse declínio pode ser atribuído a diversos fatores, mas é importante destacar que muitas pessoas, inclusive profissionais de áreas relacionadas à tecnologia, tendem a enxergar os custos de um ataque de ransomware apenas no contexto do pagamento do resgate, o que está longe de ser a realidade.
Ele representa uma das principais fontes de lucro para os criminosos, e embora as notícias sobre ele possam não ser tão comuns na mídia, empresas especializadas em cybersecurity regularmente publicam informações sobre os danos financeiros que ele pode causar. De acordo com suas estimativas, os prejuízos causados por esses ataques em todo o mundo ultrapassarão US$ 42 bilhões até 2024.
Para um melhor entendimento, podemos dividir os custos totais em duas categorias distintas: tangíveis (diretos e indiretos) e intangíveis. A compreensão dessas categorias é fundamental para avaliar os impactos financeiros e a gravidade dos ataques cibernéticos nas organizações.
Custos Tangíveis Diretos:
Esses custos representam a primeira camada de despesas que uma organização enfrenta ao lidar com um ataque de ransomware. Incluem despesas relacionadas a investigações, compensações a clientes afetados, honorários legais, multas e outros gastos imediatos decorrentes do incidente.
Isso já é suficiente para doer no bolso. Mas ainda tem mais.
Custos Tangíveis Indiretos:
Esses custos podem ser considerados como uma segunda camada de despesas que afetam a organização de maneira indireta. Estas despesas estão diretamente ligadas ao esforço e recursos utilizados pela organização para lidar com a situação. Por exemplo, renovações de contas, comunicação sobre o status do incidente, perda de produtividade devido a tempo de inatividade dos sistemas, entre outros.
Custos Intangíveis:
Estes custos estão associados a danos que não podem ser precisamente quantificados, mas que resultam em perda de oportunidades de negócios e danos à reputação. Incluem perda de potenciais clientes, redução dos lucros futuros e outros impactos que afetam indiretamente a saúde financeira e a imagem da empresa.
Fatores que Afetam as Perdas Financeiras:
Os custos podem ser substanciais, indo além do pagamento do resgate, e incluem tempo de inatividade, despesas legais e outros fatores. Compreender esses diversos gastos é crucial para que os gestores possam avaliar e mitigar os riscos associados a esse tipo de ameaça cibernética.
Pagamento do Resgate:
O pagamento do resgate é o custo mais evidente associado a esse crime, representando a quantia exigida pelos invasores em troca da chave de descriptografia necessária para desbloquear os dados ou sistemas criptografados. No entanto, especialistas desaconselham essa prática, já que não garante a restauração completa dos dados e ainda pode resultar em exigências adicionais por parte dos criminosos. Além disso, o pagamento do resgate é ilegal na maioria dos casos, conforme regulamentações como as do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA.
Tempo de Inatividade:
Frequentemente causam um significativo tempo de inatividade para as organizações, resultando em perda de produtividade e interrupção das operações comerciais. A média de tempo de inatividade após um ataque bem-sucedido é de quase três semanas, impactando tanto empresas quanto serviços essenciais, como hospitais e escolas.
Despesas Legais:
Podem acarretar em despesas legais significativas para as empresas, especialmente se houver perda de dados confidenciais que resultem em ações judiciais de clientes ou reguladores. Violações de acordos de nível de serviço (SLAs) ou requisitos regulatórios, como o HIPAA, podem resultar em multas e acordos legais substanciais, aumentando ainda mais os custos associados ao ataque.
Custos de Reputação:
Pode causar danos irreparáveis à reputação de uma empresa, resultando em perda de confiança por parte de clientes, investidores e outras partes interessadas. Mesmo que os dados sejam recuperados, a restauração da confiança do público pode ser um desafio significativo. Isso pode afetar a retenção de clientes, aquisição de novos negócios e até mesmo o valor das ações da empresa.
Como podemos ver, é muito caro sofrer um ataque desse tipo.
É por isso que investir em medidas de segurança cibernética robustas e estar preparado para lidar com possíveis incidentes são essenciais para mitigar os riscos associados a esse tipo de ameaça. E também para economizar dinheiro.
Uma postura sólida requer o investimento adequado em camadas de segurança em todo o ambiente, o que ajuda a prevenir não apenas o ransomware, mas todos os tipos de ataques digitais.
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