Pentest: o que é e para que serve?

Pentest, ou teste de penetração, é uma prática fundamental de segurança da informação que simula ataques cibernéticos a sistemas, redes ou aplicativos. 

O objetivo é identificar vulnerabilidades que podem ser exploradas por hackers mal-intencionados. 

Realizado por um hacker ético, o Pentest avalia a segurança de um ambiente digital de forma controlada e segura, ajudando a empresa a corrigir falhas antes que sejam exploradas.

Qual a importância de um Pentest?

A importância de um Pentest reside na sua capacidade de identificar brechas de segurança que podem comprometer dados sensíveis e a integridade dos sistemas.

Além de prevenir perdas financeiras e danos à reputação, o teste de penetração garante a conformidade com regulamentações de segurança, como a LGPD no Brasil.

Em um cenário onde ataques cibernéticos estão cada vez mais sofisticados, investir em um Pentest é uma medida proativa essencial para fortalecer a segurança da informação.

Tipos de Pentest: Blackbox, Graybox e Whitebox

Existem diferentes abordagens para a realização de um Pentest, cada uma com um nível específico de conhecimento prévio que o hacker ético tem sobre o sistema a ser testado. As três principais modalidades de teste de penetração são: Pentest Blackbox, Pentest Graybox e Pentest Whitebox.

Pentest Blackbox

No Pentest Blackbox, o hacker ético não tem conhecimento prévio do ambiente que está sendo testado, assim como um invasor externo.

O objetivo é simular um ataque real de um atacante que não possui informações privilegiadas sobre a infraestrutura da empresa.

Essa abordagem testa a segurança da informação do ponto de vista de um invasor completamente externo e é útil para identificar vulnerabilidades abertas ao público, como aquelas encontradas em aplicativos web e serviços expostos na internet.

Pentest Graybox

O Pentest Graybox combina elementos dos testes Blackbox e Whitebox. Nesse tipo de teste de penetração, o hacker ético tem acesso a algumas informações sobre o ambiente, como credenciais de usuários com baixos privilégios ou detalhes sobre a arquitetura da rede.

Essa abordagem é eficaz para avaliar o que um invasor interno ou um colaborador mal-intencionado pode alcançar se tiver algum nível de acesso ao sistema.

O Pentest Graybox é comumente usado para testar a eficácia de controles internos e políticas de segurança.

Pentest Whitebox

Já o Pentest Whitebox é o oposto do Blackbox: o hacker ético tem acesso total ao ambiente que está sendo testado, incluindo código-fonte, diagramas de rede, credenciais administrativas, e mais.

Essa abordagem permite uma análise detalhada e profunda de todos os componentes de segurança, identificando vulnerabilidades que podem não ser encontradas em testes Blackbox ou Graybox.

O Pentest Whitebox é ideal para identificar falhas em nível de código e problemas estruturais dentro dos sistemas e aplicativos.

Escolhendo o Tipo de Pentest adequado

A escolha entre Pentest Blackbox, Graybox ou Whitebox depende dos objetivos de segurança da empresa e do nível de simulação de ataque que se deseja realizar. Enquanto o Pentest Blackbox é ótimo para testar a segurança externa, o Graybox fornece uma visão equilibrada entre ataques internos e externos, e o Whitebox é essencial para auditorias completas de segurança.

Cada abordagem tem seu valor e pode ser utilizada em diferentes etapas do ciclo de desenvolvimento de software e na manutenção de uma infraestrutura segura, ajudando a criar um plano abrangente de segurança da informação.

Fases de um Pentest

Um Pentest é um processo estruturado que envolve várias etapas para garantir uma avaliação abrangente da segurança da informação de uma organização. Cada fase tem um objetivo específico que contribui para identificar, explorar e mitigar vulnerabilidades. A seguir, estão as principais fases de um teste de penetração:

1. Planejamento e Reconhecimento

Nesta fase inicial, o hacker ético e a equipe de segurança definem o escopo e os objetivos do Pentest. Isso inclui determinar quais sistemas, redes ou aplicativos serão testados e quais métodos serão utilizados (como Pentest Blackbox, Graybox, ou Whitebox). O reconhecimento é dividido em:

  • Reconhecimento Passivo: Coleta de informações sem interagir diretamente com o sistema alvo, como buscar dados públicos, informações de DNS, e footprinting.
  • Reconhecimento Ativo: Envolve interação direta com o sistema para coletar informações, como varredura de portas e análise de serviços.

2. Enumeração e Varredura

Depois do reconhecimento, o hacker ético realiza a enumeração e varredura dos sistemas para identificar pontos de entrada potencialmente vulneráveis. Nesta fase, são utilizadas ferramentas como Nmap e Nessus para identificar:

  • Serviços e portas abertas
  • Versões de software
  • Vulnerabilidades conhecidas
  • Configurações incorretas

A informação coletada nesta fase ajuda a construir um plano de ataque detalhado.

3. Obtenção de Acesso

Nesta fase, o objetivo é explorar as vulnerabilidades encontradas para obter acesso ao sistema. O hacker ético utiliza uma variedade de técnicas, como ataques de força bruta, exploração de falhas em software e injeção de SQL, dependendo do escopo do teste. Se o acesso for obtido, o atacante simulado tentará escalar privilégios para obter controle total do sistema.

4. Manutenção de Acesso

Após ganhar acesso ao sistema, o hacker ético tenta manter esse acesso para realizar mais testes e explorar mais a fundo o ambiente. Essa fase simula o que um atacante real faria para garantir a persistência no sistema, como instalar backdoors e criar contas privilegiadas. A manutenção de acesso ajuda a avaliar a capacidade de detecção e resposta da equipe de segurança.

5. Cobertura de Rastros

O objetivo desta fase é simular a forma como um invasor limparia seus rastros para evitar a detecção. Isso pode incluir a exclusão de logs, a ocultação de arquivos e o uso de técnicas de ofuscação. Embora seja um processo crítico para ataques reais, nesta fase do Pentest, ele é realizado de maneira controlada para não comprometer o ambiente de produção.

6. Análise e Relatório

Após a execução do Pentest, o hacker ético prepara um relatório detalhado que descreve todas as vulnerabilidades encontradas, os métodos utilizados para explorá-las, e o impacto potencial de cada falha. Este relatório também inclui recomendações práticas para corrigir as vulnerabilidades identificadas. A clareza e a precisão do relatório são essenciais para que a equipe de segurança possa priorizar as ações corretivas.

Onde o Pentest pode ser realizado?

O Pentest pode ser realizado em várias camadas da infraestrutura digital de uma organização. Entre as principais áreas de aplicação, destacam-se:

  • Redes de Computadores (internas e externas);
  • Aplicações Web e Mobile;
  • Servidores e Bancos de Dados;
  • Dispositivos IoT e Redes de Controle Industrial.
  • Pontos de Acesso Wireless.

Cada área possui suas próprias peculiaridades e requer metodologias específicas para um teste de penetração eficaz.

Como avaliar um fornecedor de Pentest?

Avaliar um fornecedor de Pentest envolve verificar a experiência, certificações, metodologias utilizadas e a reputação no mercado.

Certificações como CEH (Certified Ethical Hacker), OSCP (Offensive Security Certified Professional) e CISSP (Certified Information Systems Security Professional) são bons indicadores de competência.

Além disso, é vital que o fornecedor utilize frameworks reconhecidos, como OWASP e NIST, para garantir uma abordagem abrangente e bem fundamentada na segurança da informação.

Como avaliar uma proposta de Pentest?

Uma proposta de Pentest deve ser avaliada com base em alguns critérios fundamentais:

  1. Escopo e Objetivos: Deve estar claro quais sistemas e aplicativos serão testados.
  2. Metodologia: A proposta deve detalhar as etapas do teste de penetração, como reconhecimento, exploração e relatório.
  3. Entrega de Relatórios: Deve incluir um relatório final detalhado e recomendações para correção das vulnerabilidades.
  4. Equipe: Identificar quem são os profissionais envolvidos e suas qualificações.

Frequência dos Testes de Intrusão

A frequência dos testes de intrusão depende do ambiente da empresa e do nível de risco a que está exposta. No entanto, recomenda-se que um Pentest seja realizado pelo menos uma vez ao ano.

Mudanças significativas na infraestrutura ou novos sistemas implementados também são gatilhos para a realização de novos testes.

O que é um Reteste?

Um Reteste é um teste realizado após a correção das vulnerabilidades identificadas no Pentest inicial. Ele garante que as falhas foram devidamente corrigidas e que nenhuma nova vulnerabilidade foi introduzida.

O Reteste é uma prática recomendada para validar a eficácia das medidas de segurança adotadas.

Vale a pena fazer um Pentest?

Sim, vale muito a pena fazer um Pentest. Empresas de todos os tamanhos estão suscetíveis a ataques cibernéticos, e um teste de penetração permite identificar e corrigir vulnerabilidades antes que sejam exploradas.

Isso protege não apenas os ativos digitais da empresa, mas também a confiança dos clientes e parceiros.

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