O que são ataques de Man-in-the-middle

A segurança da informação é um assunto cada vez mais relevante e desafiador para as empresas, pois elas lidam com dados sensíveis e confidenciais de seus clientes, parceiros e funcionários. Além disso, as empresas dependem de sistemas, redes, aplicativos e ambientes tecnológicos para realizar suas operações e oferecer seus serviços. Por isso, é essencial que elas protejam seus recursos de informação contra possíveis ameaças e ataques cibernéticos.

Um dos tipos de ataque mais comuns e perigosos que as empresas podem enfrentar é o chamado ataque Man-in-the-middle (MITM), que significa “homem no meio” em português. Neste tipo de ataque, um invasor se posiciona entre duas partes que tentam se comunicar, intercepta as mensagens enviadas e recebidas, e pode manipulá-las ou alterá-las sem que as vítimas percebam. Dessa forma, o invasor pode obter informações sigilosas, como credenciais de acesso, dados bancários, números de cartão de crédito, entre outras. O invasor também pode modificar as mensagens para induzir as vítimas a realizar ações indesejadas, como transferir dinheiro, baixar arquivos maliciosos, clicar em links falsos, entre outras.

O que é Man-in-the-middle

O conceito por trás do ataque MITM é bastante simples e não se restringe ao universo online. O invasor se posiciona entre duas partes que tentam se comunicar, intercepta as mensagens enviadas e recebidas, e se passa por uma das partes envolvidas. Um exemplo dessa prática no mundo offline seria o envio de contas e faturas falsas pelo correio, onde o criminoso rouba os cheques enviados como forma de pagamento.

No universo online, os ataques MITM são mais complexos e sofisticados, pois exigem que o invasor consiga se infiltrar na comunicação entre as vítimas e permanecer indetectável durante o ataque. Além disso, o invasor precisa ser capaz de decifrar e alterar as mensagens que são criptografadas, ou seja, codificadas para evitar que sejam lidas por terceiros. Para isso, o invasor pode usar diferentes técnicas e ferramentas, dependendo do tipo e do objetivo do ataque.

Existem vários tipos de ataques MITM, que podem ser classificados de acordo com o meio de comunicação que é alvo do ataque, como rede, aplicação, web, entre outros. Alguns exemplos de ataques MITM são:

  • Ataque de rede: o invasor se conecta à mesma rede que as vítimas, como uma rede Wi-Fi pública ou compartilhada, e usa ferramentas para monitorar e capturar o tráfego de dados que passa pela rede. O invasor também pode se aproveitar de falhas na configuração ou na segurança da rede para se tornar o ponto de acesso ou o roteador da rede, e assim controlar todo o fluxo de comunicação entre as vítimas e os servidores externos.
  • Ataque de aplicação: o invasor se aproveita de vulnerabilidades em aplicativos ou protocolos de comunicação para interceptar e manipular as mensagens trocadas entre as vítimas e os servidores dos aplicativos. Um exemplo desse tipo de ataque é o ataque de DNS, onde o invasor altera o endereço IP associado a um nome de domínio, fazendo com que as vítimas sejam redirecionadas para sites falsos ou maliciosos.
  • Ataque de web: o invasor se aproveita de falhas na implementação ou na validação de certificados digitais, que são usados para garantir a autenticidade e a confidencialidade das comunicações na web. O invasor consegue se inserir entre as vítimas e os sites que elas acessam, e pode visualizar e modificar as informações que são enviadas e recebidas, como formulários, senhas, dados pessoais, entre outras. Um exemplo desse tipo de ataque é o ataque de SSL, onde o invasor consegue quebrar ou falsificar o protocolo de criptografia que é usado para proteger as comunicações na web.

Como funciona um ataque de Man-in-the-middle

Um ataque MITM geralmente envolve três fases principais: interceptação, modificação e retransmissão. A seguir, vamos explicar cada uma dessas fases e como elas são realizadas pelo invasor.

Interceptação

A primeira fase de um ataque MITM consiste em interceptar a comunicação entre as vítimas, ou seja, capturar as mensagens que são enviadas e recebidas por elas. Para isso, o invasor precisa se posicionar entre as vítimas, de forma que ele possa ver e acessar as mensagens que passam por ele. Existem várias formas de fazer isso, dependendo do tipo e do meio de comunicação que é alvo do ataque.

Uma forma comum de interceptar a comunicação é usar técnicas de spoofing, que consistem em falsificar ou alterar informações que são usadas para identificar ou localizar as partes envolvidas na comunicação, como endereços IP, MAC, DNS, entre outros. Dessa forma, o invasor consegue enganar as vítimas e fazer com que elas acreditem que estão se comunicando com a parte legítima, quando na verdade estão se comunicando com o invasor. Por exemplo, o invasor pode usar o ARP spoofing, que é uma técnica que permite alterar a tabela ARP, que é usada para associar endereços IP a endereços MAC em uma rede local. Assim, o invasor pode fazer com que as vítimas enviem as mensagens para o seu endereço MAC, em vez do endereço MAC da parte legítima5.

Outra forma de interceptar a comunicação é usar técnicas de sniffing, que consistem em monitorar e capturar o tráfego de dados que passa por uma rede ou por um dispositivo. Para isso, o invasor precisa ter acesso à rede ou ao dispositivo que é usado pelas vítimas, ou estar próximo o suficiente para captar os sinais de rádio que são emitidos por eles. Por exemplo, o invasor pode usar um software de sniffing, como o Wireshark, para analisar os pacotes de dados que circulam por uma rede Wi-Fi, e extrair as informações que são relevantes para o ataque

Modificação

A segunda fase de um ataque MITM consiste em modificar as mensagens que são interceptadas pelo invasor, de acordo com o seu objetivo. Essa fase é opcional, pois nem todos os ataques MITM envolvem a modificação das mensagens, mas apenas a visualização ou o roubo das mesmas. No entanto, muitos ataques MITM visam alterar as mensagens para induzir as vítimas a realizar ações indesejadas ou prejudiciais, como transferir dinheiro, baixar arquivos maliciosos, clicar em links falsos, entre outras.

Para modificar as mensagens, o invasor precisa ser capaz de decifrar e alterar as informações que são criptografadas, ou seja, codificadas para evitar que sejam lidas ou modificadas por terceiros. Para isso, o invasor pode usar diferentes técnicas e ferramentas, dependendo do tipo e do nível de criptografia que é usado na comunicação.

Retransmissão

A terceira e última fase de um ataque MITM consiste em retransmitir as mensagens que foram interceptadas e modificadas pelo invasor, de forma que as vítimas recebam as mensagens alteradas sem perceber que elas foram manipuladas. Para isso, o invasor precisa manter a comunicação entre as vítimas, de forma que elas não suspeitem que há um intermediário entre elas. Existem várias formas de fazer isso, dependendo do tipo e do meio de comunicação que é alvo do ataque.

Uma forma de retransmitir as mensagens é usar técnicas de reenvio, que consistem em enviar as mensagens modificadas para o destino original, usando o mesmo meio e o mesmo protocolo de comunicação que as vítimas usam. Dessa forma, o invasor consegue manter a aparência de uma comunicação normal e legítima, sem levantar suspeitas. Por exemplo, o invasor pode usar o TCP reenvio, que é uma técnica que permite alterar os números de sequência e de confirmação dos pacotes de dados que são enviados e recebidos pelo protocolo TCP, que é usado para garantir a confiabilidade e a integridade das comunicações na internet. Assim, o invasor pode controlar o fluxo de dados entre as vítimas e evitar que elas detectem as alterações nas mensagens.

Outra forma de retransmitir as mensagens é usar técnicas de redirecionamento, que consistem em enviar as mensagens modificadas para um destino diferente do original, usando um meio ou um protocolo de comunicação diferente do que as vítimas usam. Dessa forma, o invasor consegue desviar a comunicação entre as vítimas e fazer com que elas acessem recursos ou serviços falsos ou maliciosos, sem que elas percebam. Por exemplo, o invasor pode usar o HTTP redirecionamento, que é uma técnica que permite alterar o cabeçalho ou o corpo das mensagens que são enviadas e recebidas pelo protocolo HTTP, que é usado para transferir dados na web. Assim, o invasor pode fazer com que as vítimas sejam redirecionadas para sites falsos ou maliciosos, que se parecem com os sites legítimos.

Onde o Man-in-the-middle é usado

Os ataques MITM podem ser usados em diversos cenários e contextos, pois eles podem afetar qualquer tipo de comunicação que envolva dados sensíveis ou confidenciais. Alguns exemplos de onde os ataques MITM podem ser usados são:

  • Transações financeiras: os ataques MITM podem ser usados para roubar ou desviar dinheiro das vítimas, que podem ser clientes ou funcionários de instituições financeiras, como bancos, cartões de crédito, pagamentos online, entre outras. O invasor pode interceptar e modificar as mensagens que são trocadas entre as vítimas e os servidores das instituições financeiras, e fazer com que as vítimas transfiram dinheiro para contas falsas ou maliciosas, ou que forneçam informações bancárias, como números de cartão de crédito, senhas, códigos de segurança, entre outras.
  • Comunicações pessoais: os ataques MITM podem ser usados para espionar ou sabotar as comunicações pessoais das vítimas, que podem ser usuários de serviços de e-mail, redes sociais, mensagens instantâneas, chamadas de voz ou vídeo, entre outras. O invasor pode interceptar e modificar as mensagens que são trocadas entre as vítimas e os servidores dos serviços de comunicação, e fazer com que as vítimas revelem informações pessoais, como nomes, endereços, fotos, vídeos, entre outras, ou que sejam vítimas de chantagem, extorsão, difamação, entre outras.
  • Acessos remotos: os ataques MITM podem ser usados para invadir ou comprometer os acessos remotos das vítimas, que podem ser funcionários ou administradores de sistemas ou redes que precisam acessar recursos ou serviços de forma remota, como servidores, computadores, dispositivos, entre outros. O invasor pode interceptar e modificar as mensagens que são trocadas entre as vítimas e os servidores ou dispositivos que elas acessam, e fazer com que as vítimas forneçam credenciais de acesso, como nomes de usuário, senhas, tokens, chaves, entre outras, ou que executem comandos ou ações maliciosas, como instalar vírus, apagar arquivos, alterar configurações, entre outras.

Os riscos desse ataque para empresas

Os ataques MITM representam um grande risco para as empresas, pois eles podem causar diversos danos e prejuízos, tanto financeiros quanto reputacionais. Alguns exemplos de riscos que os ataques MITM podem trazer para as empresas são:

  • Perda ou vazamento de dados: os ataques MITM podem fazer com que as empresas percam ou vazem dados sensíveis e confidenciais, que podem ser de seus clientes, parceiros, funcionários, fornecedores, entre outros. Esses dados podem incluir informações pessoais, financeiras, comerciais, estratégicas, entre outras, que podem ser usadas para fins ilícitos, como fraudes, roubos, chantagens, espionagens, entre outras. A perda ou o vazamento de dados pode gerar multas, processos, indenizações, entre outras penalidades legais, além de afetar a confiança e a fidelidade dos clientes e dos parceiros.
  • Interrupção ou degradação de serviços: os ataques MITM podem fazer com que as empresas interrompam ou degradem seus serviços, que podem ser de seus clientes, parceiros, funcionários, fornecedores, entre outros. Esses serviços podem incluir sistemas, redes, aplicativos, ambientes, entre outros, que podem ser essenciais para o funcionamento e a operação das empresas. A interrupção ou a degradação de serviços pode gerar perdas de receita, de produtividade, de competitividade, de qualidade, entre outras, além de afetar a satisfação e a experiência dos clientes e dos parceiros.
  • Infecção ou comprometimento de dispositivos: os ataques MITM podem fazer com que as empresas infectem ou comprometam seus dispositivos, que podem ser de seus clientes, parceiros, funcionários, fornecedores, entre outros. Esses dispositivos podem incluir computadores, smartphones, tablets, roteadores, câmeras, sensores, entre outros, que podem ser usados para armazenar, processar, transmitir ou receber dados ou serviços. A infecção ou o comprometimento de dispositivos pode gerar custos de reparação, de substituição, de manutenção, de suporte, entre outros, além de facilitar a propagação de outros ataques ou ameaças.

A importância de um pentest

Um pentest, ou teste de intrusão, é uma forma de avaliar a segurança dos sistemas e redes das empresas, por meio da simulação de ataques reais, que podem ser realizados por invasores mal-intencionados. O objetivo de um pentest é identificar possíveis vulnerabilidades que possam ser exploradas por esses invasores, e recomendar medidas de correção ou de prevenção para evitar ou mitigar os riscos associados a essas vulnerabilidades.

Um pentest é importante para as empresas, pois ele pode ajudá-las a se proteger e se defender contra os ataques MITM, e outros tipos de ataques cibernéticos, que podem causar diversos danos e prejuízos, tanto financeiros quanto reputacionais. Alguns benefícios de um pentest para as empresas são:

  • Melhorar a segurança: um pentest pode melhorar a segurança dos sistemas e redes das empresas, pois ele pode revelar as falhas ou as brechas que possam existir na configuração, na implementação, na atualização, na validação, entre outros aspectos, que possam facilitar a ocorrência de ataques MITM, ou outros tipos de ataques. Assim, as empresas podem corrigir ou prevenir essas falhas, e aumentar o nível de proteção e de confidencialidade dos seus dados e serviços.
  • Reduzir os custos: um pentest pode reduzir os custos das empresas, pois ele pode evitar ou diminuir as perdas ou os gastos que possam ser gerados por ataques MITM, ou outros tipos de ataques. Assim, as empresas podem economizar com multas, processos, indenizações, reparação, substituição, manutenção, suporte, entre outros, que possam ser decorrentes de incidentes de segurança. Além disso, as empresas podem otimizar seus recursos e investimentos em segurança, pois elas podem priorizar as áreas ou os sistemas mais críticos ou vulneráveis, e aplicar as soluções mais adequadas e eficientes para cada caso.
  • Aumentar a reputação: um pentest pode aumentar a reputação das empresas, pois ele pode demonstrar o comprometimento e a responsabilidade das empresas com a segurança dos seus dados e serviços, e com a proteção dos seus clientes e parceiros. Assim, as empresas podem fortalecer a confiança e a fidelidade dos seus clientes e parceiros, e se diferenciar dos seus concorrentes, que podem não ter o mesmo nível de segurança ou de qualidade. Além disso, as empresas podem evitar ou minimizar os danos à sua imagem ou à sua marca, que possam ser causados por ataques MITM, ou outros tipos de ataques.

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