Pentest: Qual a melhor frequência para fazer um teste de intrusão?

Você sabe de quanto em quanto tempo sua empresa deveria fazer um teste de intrusão?

Se a resposta for “quando der” ou “uma vez por ano”, talvez seja hora de repensar essa estratégia.

Testes de intrusão (ou pentests) são ações ofensivas controladas que simulam ataques reais com o objetivo de identificar falhas de segurança antes que hackers mal-intencionados façam isso por você. No entanto, o valor de um pentest está diretamente ligado à frequência com que ele é realizado.

Neste artigo, vamos mostrar por que a periodicidade é essencial, os principais fatores que influenciam essa decisão, e bem como definir um cronograma de pentest inteligente e estratégico para sua organização.


O que é pentest

Antes de falarmos de frequência, vale recapitular: o pentest (penetration test) é um teste autorizado que simula ataques a sistemas, aplicações, redes ou infraestruturas para encontrar brechas exploráveis.

Logo, um teste de intrusão pode ser feito com diferentes escopos (interno, externo, físico, web, mobile), diferentes abordagens (caixa branca, preta ou cinza) e com diferentes objetivos: conformidade, validação de correções ou simples avaliação de maturidade em segurança.

Agora sim, vamos ao ponto.

Por que a frequência do pentest importa tanto?

Um teste de intrusão feito uma única vez no ano pode dar uma falsa sensação de segurança.

Isso porque o ambiente digital muda o tempo todo: novos sistemas entram no ar, códigos são atualizados, servidores ganham configurações diferentes, pessoas mudam de função… e cada uma dessas alterações pode abrir uma nova brecha.

Enquanto isso, os atacantes continuam ativos 24/7 — e não respeitam calendários.

Portanto, a frequência do pentest impacta diretamente na capacidade da empresa de prevenir, detectar e reagir a falhas antes que elas se tornem incidentes reais.


Qual é a frequência ideal?

A resposta mais honesta é: depende.

Mas calma, a gente explica.

A periodicidade ideal vai variar conforme alguns fatores-chave:

1. Tipo de ambiente

  • Ambientes de alta criticidade (bancos, saúde, e-commerces, SaaS):
    O ideal é fazer pentests trimestrais ou semestrais, já que as consequências de uma falha podem ser catastróficas.
  • Sistemas internos com pouco contato externo:
    Podem funcionar com uma frequência anual, desde que combinados com outras práticas de segurança (como varreduras automáticas, hardening, monitoramento e gestão de vulnerabilidades).

2. Volume de mudanças no ambiente

Toda vez que você lança uma nova aplicação, atualiza um backend, muda uma regra de firewall ou cria uma nova integração com APIs, existe o risco de abrir brechas de segurança.

Por isso, em ambientes com ciclo de desenvolvimento ágil (DevOps, CI/CD), o mais indicado é:

Fazer teste de intrusão sempre que houver grandes mudanças,
ou então,
Implementar testes contínuos ou automatizados entre cada release.

3. Compliance e regulamentações

Algumas normas exigem pentests com uma frequência mínima. Veja alguns exemplos:

  • PCI-DSS: exige pentests pelo menos uma vez ao ano e após mudanças significativas.
  • LGPD / GDPR: não especificam a frequência, mas exigem que você prove ter medidas técnicas eficazes para proteger dados.
  • ISO 27001: recomenda avaliações regulares baseadas no risco.

Ou seja, se sua organização busca (ou já tem) certificações, o cronograma de pentest precisa seguir essas diretrizes.

4. Histórico de incidentes

Empresas que já sofreram invasões, vazamentos ou ataques de ransomware devem considerar um calendário mais agressivo de pentests.

Isso mostra proatividade, demonstra aprendizado e reforça a maturidade da equipe de segurança.

Modelos recomendados de frequência de pentest

Aqui vão três modelos práticos de cronogramas, com base em diferentes cenários:

Tradicional Anual (mínimo)

  • Ideal para empresas com baixo grau de exposição externa.
  • Recomenda-se complementar com varreduras automáticas trimestrais.
  • Custo mais acessível, mas risco residual maior.

Semestral Estratégico

  • Indicado para empresas de médio porte ou com sistemas em nuvem.
  • Permite validar atualizações, monitorar evolução e adaptar planos de mitigação.

Trimestral + Pós-Mudança

  • Recomendado para fintechs, healthtechs, e-commerces, SaaS ou qualquer empresa com ritmo intenso de atualizações.
  • Combina pentests programados com execuções sob demanda após grandes alterações no ambiente.

Dica bônus: monitore entre os pentests

Você não precisa (e nem deve) esperar o próximo pentest para agir.

Combine os testes de intrusão com:

  • Scans de vulnerabilidade semanais ou mensais
  • Monitoramento contínuo com SIEM
  • EDR com resposta automática
  • Campanhas de conscientização e simulações de phishing

Esse combo torna sua defesa mais ágil, adaptativa e resiliente.

Conclusão

Não existe uma única frequência ideal de pentest para todas as organizações. A decisão deve considerar criticidade do ambiente, mudanças frequentes, exigências legais e o apetite de risco da empresa.

No entanto, uma coisa é certa: quem espera demais para testar sua segurança, pode acabar testando na prática — da pior forma possível.

Seja proativo. Estabeleça um cronograma. Meça, aprenda, evolua.

E lembre-se: melhor prevenir com frequência do que remediar uma vez só.

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