As empresas são alvos constantes de ataques cibernéticos, que podem causar sérios danos à sua segurança, à sua reputação e ao seu desempenho. Os hackers, ou criminosos virtuais, usam diversos métodos e técnicas para tentar invadir os sistemas das empresas, e obter acesso aos seus dados, aos seus recursos ou aos seus serviços. Neste artigo, vamos explicar o que são os hackers, quais são os seus objetivos, quais são as suas ferramentas e quais são as suas fases de ataque.
O que são os hackers?
Os hackers são pessoas que usam os seus conhecimentos de informática para explorar as vulnerabilidades ou as falhas dos sistemas de computação. Eles podem ter diferentes motivações, como:
Curiosidade: Alguns hackers têm interesse em aprender como funcionam os sistemas, e testar os seus limites e as suas capacidades.
Desafio: Alguns hackers têm prazer em superar os obstáculos e as dificuldades impostas pelos sistemas, e demonstrar as suas habilidades e o seu talento.
Reconhecimento: Alguns hackers têm desejo de ganhar fama ou prestígio na comunidade hacker, ou na sociedade em geral.
Lucro: Alguns hackers têm ambição de ganhar dinheiro ou vantagens ilícitas com os seus ataques, como roubando informações, extorquindo dinheiro ou vendendo serviços.
Ideologia: Alguns hackers têm convicção de defender uma causa ou uma ideia com os seus ataques, como protestando contra governos, empresas ou organizações.
Vingança: Alguns hackers têm intenção de prejudicar ou destruir alguém ou algo com os seus ataques, como se vingando de inimigos, rivais ou desafetos.
Os hackers podem ser classificados em diferentes tipos, de acordo com a sua ética e a sua legalidade:
Hackers éticos: São hackers que usam os seus conhecimentos para fins legítimos e benéficos, como testando a segurança dos sistemas, ajudando a prevenir ou a combater ataques, ou contribuindo para o desenvolvimento da tecnologia.
Hackers mal-intencionados: São hackers que usam os seus conhecimentos para fins ilegítimos e prejudiciais, como invadindo os sistemas alheios, roubando informações, causando danos ou extorquindo dinheiro.
Hackers neutros: São hackers que usam os seus conhecimentos para fins pessoais ou recreativos, sem intenção de causar danos ou benefícios a ninguém.
Quais são os objetivos dos hackers ao invadir empresas?
Os hackers podem ter diferentes objetivos ao atacar uma empresa, dependendo da sua motivação e do seu tipo. Alguns exemplos de objetivos dos hackers são:
- Obter informações confidenciais ou sensíveis da empresa, como dados pessoais, financeiros ou comerciais dos clientes, funcionários ou parceiros.
- Conseguir acesso aos recursos ou aos serviços da empresa, como servidores, redes, dispositivos, contas, aplicativos ou bancos de dados.
- Conseguir controle sobre os sistemas da empresa, como alterando configurações, instalando malwares, bloqueando acessos ou executando comandos.
- Obter vantagens financeiras ou materiais da empresa, como roubando dinheiro, extorquindo resgates, vendendo informações ou serviços.
- Ter reconhecimento ou fama da empresa, como divulgando os seus ataques na internet, na mídia ou na comunidade hacker.
- Satisfação pessoal ou ideológica da empresa, como protestando contra as suas políticas, práticas ou valores.
- Vingança ou retaliação da empresa, como prejudicando a sua imagem, a sua credibilidade ou o seu desempenho.
Quais técnicas os hackers utilizam para atacar empresas?
Os hackers podem utilizar diversas formas para realizar os seus ataques às empresas. Desde técnicas manuais, ferramentas podem ser softwares (programas de computador) ou hardwares (dispositivos físicos) que facilitam as suas ações. Alguns exemplos de ferramentas dos hackers são:
Scanners: São ferramentas que permitem aos hackers identificar os sistemas, as redes, os dispositivos ou os serviços que estão conectados à internet, e verificar as suas características, como endereços, portas, protocolos ou versões.
Sniffers: São ferramentas que permitem aos hackers capturar e analisar os pacotes de dados que circulam pelas redes, e extrair informações úteis, como senhas, mensagens ou arquivos.
Crackers: São ferramentas que permitem aos hackers quebrar ou descobrir as senhas dos sistemas, das redes, dos dispositivos ou dos serviços, usando técnicas como força bruta, dicionário ou rainbow tables.
Exploits: São ferramentas que permitem aos hackers explorar as vulnerabilidades ou as falhas dos sistemas, das redes, dos dispositivos ou dos serviços, e executar comandos maliciosos, como injeção de código, negação de serviço ou escalonamento de privilégios.
Malwares: São softwares maliciosos que permitem aos hackers infectar ou comprometer os sistemas, as redes, os dispositivos ou os serviços, e realizar ações maliciosas, como roubar informações, bloquear acessos, alterar configurações ou abrir portas.
Phishing: É uma forma onde os hackers tentam enganar ou induzir os usuários a fornecerem informações ou acessos aos sistemas, às redes, aos dispositivos ou aos serviços, usando e-mails, mensagens ou sites falsos que imitam a aparência e o conteúdo dos originais.
Engenharia social: São técnicas onde os hackers tentam manipular ou influenciar os usuários a fornecerem informações ou acessos aos sistemas, às redes, aos dispositivos ou aos serviços, usando técnicas psicológicas ou emocionais, como persuasão, intimidação ou chantagem.
Quais são as fases de ataque dos hackers?
Os hackers mal-intencionados geralmente seguem um processo composto por várias fases distintas até concluir o ataque, são elas:
Reconhecimento: É a fase em que os hackers coletam informações sobre o alvo, como o seu endereço IP, o seu domínio, os seus servidores, os seus sistemas operacionais, os seus aplicativos, os seus serviços, os seus protocolos, as suas portas, as suas vulnerabilidades, os seus usuários, as suas senhas, entre outros dados relevantes. Essas informações podem ser obtidas por meio de técnicas passivas ou ativas. As técnicas passivas são aquelas que não geram tráfego ou interação com o alvo, como pesquisar na internet, na mídia ou na dark web. As técnicas ativas são aquelas que geram tráfego ou interação com o alvo, como usar scanners, sniffers ou exploits.
Varredura: É a fase em que os hackers analisam as informações coletadas na fase anterior, e selecionam os pontos de entrada ou de ataque mais adequados para o seu objetivo. Esses pontos podem ser vulnerabilidades conhecidas ou desconhecidas dos sistemas, redes, dispositivos ou serviços do alvo. Os hackers podem usar ferramentas como crackers, exploits ou malwares para testar a efetividade dos pontos de entrada ou de ataque.
Exploração: É a fase em que os hackers usam os pontos de entrada ou de ataque selecionados na fase anterior para acessar ou comprometer o alvo. Os hackers podem usar ferramentas como exploits ou malwares para executar comandos maliciosos no alvo, como injeção de código, negação de serviço, escalonamento de privilégios ou instalação de backdoors.
Pos-Exploração: É a fase em que os hackers mantêm o acesso ou o controle sobre o alvo, e realizam as suas ações maliciosas, como roubar informações, bloquear acessos, alterar configurações ou abrir portas. Os hackers podem usar ferramentas como malwares ou backdoors para se esconder dos mecanismos de defesa do alvo, e evitar serem detectados ou removidos.
Encerramento: É a fase em que os hackers encerram o seu ataque ao alvo, e apagam os seus rastros ou evidências da sua presença. Os hackers podem usar ferramentas como malwares ou backdoors para deletar arquivos, logs ou registros do alvo, e restaurar as configurações originais do alvo.
Quais são as principais brechas de segurança em empresas?
Os hackers mal-intencionados podem aproveitar de brechas de segurança para atacar o ambiente de uma empresa, alguns exemplos incluem:
- Serviços ou Aplicações Desatualizadas: Muitas empresas executam serviços e aplicativos desatualizados, o que pode deixá-las vulneráveis a ataques. Atualizar regularmente sistemas operacionais, software e aplicativos é essencial para corrigir falhas de segurança conhecidas.
- Vulnerabilidades no Sistema: Os sistemas de uma empresa podem conter vulnerabilidades não corrigidas. Os hackers exploram essas vulnerabilidades para ganhar acesso não autorizado. Manter os sistemas e as configurações seguros é fundamental.
- Senhas Fracas ou Padrões de Senha: Senhas fáceis de adivinhar, senhas compartilhadas e o uso de padrões de senha comuns tornam mais fácil para os hackers comprometerem as contas de usuários e obterem acesso não autorizado.
- Falta de Conscientização em Segurança: Funcionários desinformados sobre as práticas de segurança cibernética podem inadvertidamente abrir portas para hackers. A conscientização e o treinamento regulares dos funcionários são cruciais.
- Configurações de Privacidade e Acesso Inadequadas: Configurações inadequadas de privacidade e acesso podem permitir que usuários não autorizados obtenham acesso a informações sensíveis. Rever e ajustar essas configurações é vital.
- Software Não Autorizado: A instalação de software não autorizado em dispositivos de trabalho pode criar pontos de entrada para ataques. Restringir a instalação de software apenas a aplicativos aprovados ajuda a mitigar esse risco.
- Redes Inseguras ou Wi-Fi Aberto: Conexões de rede não seguras ou o uso de redes Wi-Fi públicas podem facilitar a interceptação de dados por hackers. A utilização de conexões seguras e a criptografia de dados são essenciais.
- Dispositivos Desprotegidos: Dispositivos pessoais dos funcionários que não têm proteção de segurança adequada podem ser uma porta de entrada para hackers. Estabelecer políticas de segurança para dispositivos BYOD (Traga Seu Próprio Dispositivo) é importante.
- Falta de Monitoramento de Segurança: A falta de monitoramento constante da segurança da rede e dos sistemas pode atrasar a detecção de ataques. Implementar ferramentas de monitoramento e análise de segurança ajuda a identificar ameaças rapidamente.
Como proteger a empresa contra os ataques dos hackers?
Para proteger a empresa contra os ataques dos hackers, é necessário adotar medidas de segurança preventivas, reativas e proativas, que possam evitar, detectar e responder aos ataques. Essas medidas podem envolver aspectos técnicos, humanos e organizacionais da empresa. Alguns exemplos de medidas de segurança são:
Medidas preventivas: São medidas que visam impedir ou dificultar os ataques dos hackers, reduzindo as vulnerabilidades ou aumentando as defesas da empresa. Elas podem ser:
- Atualizar e configurar adequadamente os sistemas, as redes, os dispositivos e os serviços da empresa, aplicando patches de segurança, desativando serviços desnecessários, usando firewalls, antivírus e antimalwares.
- Usar criptografia para proteger os dados sensíveis da empresa, tanto em trânsito quanto em repouso, usando protocolos seguros, como HTTPS ou SSL/TLS, e algoritmos robustos, como AES ou RSA.
- Usar senhas fortes e diferentes para cada usuário e função da empresa, usando combinações complexas e aleatórias de letras, números e símbolos, trocando as senhas periodicamente e usando autenticação de dois fatores.
- Usar filtros ou validações para restringir os tipos e os tamanhos dos dados fornecidos pelos usuários ou pelos clientes, verificando se os dados estão de acordo com as regras definidas pela empresa, como o tipo, o formato, o tamanho e o intervalo dos dados.
Medidas reativas: São medidas que visam identificar ou monitorar os ataques dos hackers, alertando ou informando sobre as tentativas ou as ocorrências de ataques. Elas podem ser:
- Realizar auditorias periódicas nos sistemas, nas redes, nos dispositivos e nos serviços da empresa, verificando o seu funcionamento, o seu desempenho e a sua segurança.
- Realizar backups regulares dos dados da empresa, armazenando-os em locais seguros e acessíveis, que possam ser usados para restaurar os dados em caso de perda ou corrupção.
- Realizar monitoramentos contínuos nos sistemas, nas redes, nos dispositivos e nos serviços da empresa, usando ferramentas como IDS (sistemas de detecção de intrusão), IPS (sistemas de prevenção de intrusão) ou SIEM (sistemas de gerenciamento de eventos e informações de segurança.
Medidas proativas: São medidas que visam responder ou combater os ataques dos hackers, mitigando ou eliminando os seus impactos ou os seus danos. Elas podem ser:
- Realizar pentest na empresa, simulando os métodos e as técnicas que um hacker real poderia usar para explorar as vulnerabilidades da empresa, com o objetivo de identificá-las e corrigi-las.
- Realizar análises forenses nos sistemas, nas redes, nos dispositivos e nos serviços da empresa, usando ferramentas como FTK (Forensic Toolkit) ou EnCase (Encase Forensic), para coletar e examinar as evidências dos ataques.
- Realizar planos de contingência na empresa, definindo as ações e as responsabilidades para lidar com os ataques dos hackers, como isolar os sistemas afetados, comunicar os incidentes aos envolvidos ou acionar as autoridades competentes.
- Realizar planos de recuperação na empresa, definindo as ações e as responsabilidades para restaurar os sistemas afetados pelos ataques dos hackers, como limpar os malwares instalados pelos hackers ou recuperar os dados perdidos ou corrompidos.
- Realizar treinamentos periódicos com os funcionários da empresa sobre cibersegurança
Como contratar uma empresa de pentest?
Para contratar uma empresa ou um profissional especializado em cibersegurança, é preciso levar em conta alguns critérios, como:
Qualificação: É importante verificar se a empresa ou o profissional tem conhecimento técnico e experiência em cibersegurança, e se possui certificações ou credenciais reconhecidas no mercado, como SYCP (Solyd Certified Pentest), CEH (Certified Ethical Hacker) ou OSCP (Offensive Security Certified Professional).
Reputação: É importante verificar se a empresa tem boa reputação e credibilidade no mercado, e se possui referências ou recomendações de clientes anteriores ou atuais, que possam atestar a qualidade e a eficiência dos seus serviços.
Metodologia: É importante verificar se a empresa usa uma metodologia própria ou padronizada para realizar os seus serviços de cibersegurança, e se essa metodologia é adequada e adaptada para cada tipo de negócio.
Serviços: É importante verificar se a empresa oferece os serviços de cibersegurança que atendem às necessidades e aos objetivos da empresa contratante, como testes de intrusão, análises forenses, planos de contingência, planos de recuperação, treinamentos, entre outros.
Custo-benefício: É importante verificar se a empresa ou cobra um preço justo e competitivo pelos seus serviços de cibersegurança, e se esse preço está de acordo com o valor agregado e o retorno esperado pelos serviços.
Uma das empresas que oferece serviços de cibersegurança no mercado brasileiro é a Guardsi Cybersecurity, que é especialista em segurança ofensiva desde 2015. A Guardsi Cybersecurity tem uma equipe de pentesters qualificados e certificados, que usam uma metodologia própria para realizar pentests personalizados, adaptados e eficientes para cada tipo de negócio. A Guardsi Cybersecurity também oferece outros serviços de segurança, como proteção contra ataques DDoS, phishing, ransomware, entre outros.
Se você quer proteger a sua empresa contra os ataques dos hackers, eu recomendo que você entre em contato com a Guardsi Cybersecurity e solicite um orçamento para realizar um pentest na sua empresa.