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Medir e avaliar a eficácia das práticas de segurança digital nas empresas é vital. As métricas não só ajudam a identificar vulnerabilidades e a monitorar o desempenho dos controles de segurança, como também fornecem insights valiosos para a tomada de decisões estratégicas.
Neste artigo, exploraremos como uma empresa pode gerar e utilizar métricas para fortalecer sua postura de segurança cibernética.
Importância
As métricas de segurança digital são indicadores quantificáveis que refletem o estado da segurança de uma organização. Elas são vitais por várias razões:
- Avaliação da Efetividade: Medem a eficácia das políticas, procedimentos e controles de segurança existentes.
- Identificação de Vulnerabilidades: Ajudam a identificar áreas de fraqueza e possíveis pontos de falha.
- Cumprimento de Regulamentos: Demonstram conformidade com leis e normas de segurança, como o GDPR ou a LGPD.
- Justificativa para Investimentos: Fornecem dados concretos para justificar investimentos em segurança e a alocação de recursos.
- Comunicação Executiva: Facilitam a comunicação com a alta administração e partes interessadas, demonstrando claramente o estado da segurança e os riscos associados.
Principais tipos
Métricas de Performance
Essas métricas avaliam a eficácia dos controles de segurança ao longo do tempo. Alguns exemplos incluem:
- Tempo de Resposta a Incidentes (MTTR): Mede o tempo médio necessário para identificar, responder e resolver um incidente de segurança.
- Taxa de Falsos Positivos: Indica a porcentagem de alertas de segurança que são identificados como ameaças, mas que não representam risco real.
- Número de Incidentes por Tipo: Classifica os incidentes de segurança com base em suas categorias (malware, phishing, ataques DDoS, etc.).
Métricas de Conformidade
Estas métricas avaliam o grau em que a organização está aderindo aos padrões regulatórios e às políticas internas de segurança:
- Percentual de Conformidade com Padrões: Mede o quanto a empresa está alinhada com regulamentações como PCI-DSS, ISO 27001 ou NIST.
- Resultados de Auditorias de Segurança: Avaliam a conformidade e a eficácia dos controles de segurança através de auditorias internas e externas.
Métricas de Risco
Métricas de risco ajudam a identificar e quantificar os riscos potenciais para a organização:
- Valor em Risco (VaR): Estima a quantidade máxima de perda que a organização pode sofrer devido a um incidente de segurança, dentro de um intervalo de confiança específico.
- Exposição a Vulnerabilidades: Quantifica a quantidade de sistemas e ativos que estão expostos a vulnerabilidades conhecidas.
Métricas de Uso de Recursos
Essas métricas fornecem insights sobre a utilização de recursos em iniciativas de segurança:
- Custo por Incidente de Segurança: Calcula o custo médio para resolver um incidente de segurança, incluindo tempo de inatividade, mão de obra e recursos utilizados.
- Orçamento de Segurança vs. Gastos Reais: Compara o orçamento alocado para a segurança com os gastos reais, permitindo uma melhor gestão financeira.
Como Gerar Métricas de Segurança Digital
1. Definir Objetivos Claros
Antes de criar métricas, é essencial definir claramente os objetivos que você deseja alcançar com elas. Pergunte-se:
- Quais são as metas de segurança da sua empresa?
- Quais são os principais riscos e ameaças que você está tentando mitigar?
- Quem são os stakeholders que precisarão dessas informações e como eles as usarão?
2. Selecionar Métricas Relevantes
Com base nos objetivos definidos, selecione métricas que sejam relevantes e alinhadas com suas metas de segurança. Utilize uma combinação de métricas de performance, conformidade, risco e uso de recursos para obter uma visão abrangente.
3. Coletar Dados Precisos
A coleta de dados precisa e confiável é fundamental para a eficácia das métricas de segurança. Utilize ferramentas de monitoramento e análise de segurança que possam coletar dados de forma automatizada e contínua. Exemplos de fontes de dados incluem logs de firewall, relatórios de vulnerabilidade, sistemas de detecção de intrusão e plataformas de gerenciamento de incidentes.
4. Analisar e Interpretar os Dados
A análise dos dados coletados deve ser feita com cuidado para garantir que as métricas forneçam insights úteis. Utilize técnicas de análise estatística e de tendências para interpretar os dados e identificar padrões ou anomalias.
5. Relatar e Comunicar Resultados
Os resultados das métricas devem ser relatados de forma clara e compreensível para os diferentes stakeholders. Crie dashboards e relatórios personalizados que destaquem os pontos mais críticos e as áreas de melhoria. Utilize gráficos e visualizações para facilitar a compreensão dos dados.
6. Revisar e Ajustar Periodicamente
As métricas de segurança não são estáticas; elas devem ser revisadas e ajustadas regularmente para garantir que continuem relevantes e eficazes. À medida que as ameaças evoluem e os objetivos da empresa mudam, as métricas também devem evoluir.
Ferramentas e Tecnologias
Existem diversas ferramentas e tecnologias que podem ajudar na geração e monitoramento de métricas de segurança digital. Algumas delas incluem:
- SIEM (Security Information and Event Management): Consolida logs e eventos de segurança para fornecer uma visão centralizada e detectar anomalias.
- Sistemas de Gerenciamento de Vulnerabilidades: Identificam e classificam vulnerabilidades em ativos da empresa.
- Plataformas de Análise de Segurança: Utilizam técnicas de big data e aprendizado de máquina para analisar grandes volumes de dados de segurança.
- Soluções de Dashboards e Relatórios: Ferramentas como Power BI ou Tableau ajudam a criar visualizações e relatórios customizados.
Gerar e utilizar métricas de segurança cibernética é essencial para qualquer organização que deseja proteger seus ativos digitais e manter-se resiliente contra ameaças.
Ao definir objetivos claros, selecionar as métricas corretas, coletar dados precisos e relatar os resultados de forma eficaz, as empresas podem obter uma compreensão profunda de seu estado de segurança e tomar decisões informadas para fortalecer suas defesas.
A revisão e o ajuste contínuo dessas métricas garantem que a organização esteja sempre preparada para enfrentar os desafios de segurança do futuro.
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