O que é Zero Trust (Confiança Zero) e como funciona essa estratégia de cibersegurança.
Computadores, tablets, celulares, relógios e uma infinidade de outros dispositivos que compreendem a IoT (internet das coisas, internet of things) facilitam nossas vidas diariamente. Seja em ambientes domésticos ou em cenários empresariais, esses dispositivos fazem parte de um contexto que envolve tráfego de dados ou transações financeiras ao redor do mundo.
Essa integração tecnológica muitas vezes faz com que a maioria das nossas tarefas se tornem “uma mão na roda”, contudo, em ambientes organizacionais é incomum a discussão sobre como essas ferramentas podem se tornar vetores para disseminação de malwares que podem ser fatais para o desempenho das atividades de grandes marcas ou até mesmo pequenos empreendimentos.
Pensando nisso, a área de cibersegurança busca alternativas e ferramentas que possam diminuir os riscos e danos potenciais gerados por hackers mal-intencionados. Uma dessas medidas de segurança é a implementação do modelo Zero Trust, ou “Confiança Zero”.
Essa estratégia de cybersecurity tem como principal diretriz a desconfiança, isso quer dizer que qualquer transação dentro de uma empresa deve ser explicitamente autorizada e verificada previamente a sua execução. Sendo assim, o modelo “confiar e verificar” deve ser substituído por uma confirmação de identidade e verificação de autorização mais detalhada e contínua, o que pode tornar os processos mais lentos – efeito de causalidade comum à medida que novas camadas de segurança digital são implementadas.
Nesse modelo, mesmo um funcionário (que se encontre fisicamente nas dependências da empresa) deve ter seus dados verificados antes de uma tentativa de login, por exemplo.
Digamos que um funcionário atua remotamente faz seu login em sua casa pela manhã, como de costume, utilizando seu email e senha de acesso. Poucos minutos depois esse mesmo funcionário com as mesmas informações de identificação refaz o acesso, dessa vez de uma outra localização geográfica, consideravelmente distante da posição inicial. Esse comportamento pode ser justificado de diversas maneiras plausíveis, contudo não seria precipitado considerar essa atividade como suspeita.
Para contornar essas situações onde a confiança é posta em cheque, o Zero Trust se torna uma medida altamente eficaz no combate a tentativas de acesso fraudulento.
O conceito de confiança zero e suas arquiteturas buscam ampliar as fronteiras onde a segurança é feita, tirando o foco exclusivo dos servidores internos através de medidas de autenticação e autorização em acessos além das dependências da empresa, como é o caso para: usuários remotos, acessos em nuvem ou em ambientes onde haja implementação de medidas de BYOD (Bring your Own Device).
Zero Trust é uma resposta para novas formas de integração tecnológica que surgem a cada dia, onde temos empresas cada vez mais distribuídas em servidores internacionais, com ativos e colaboradores não mais em um único ponto de acesso e sim distribuídos ao redor do mundo e conectados pela internet de maneira descentralizada.
Como funciona o Zero Trust?
Para melhor compreensão do conceito de Zero Trust, podemos considerar que nessa abordagem o modelo de segurança funcionaria como um porteiro extremamente cauteloso: mesmo conhecendo todos os funcionários da empresa, ele verifica a todo momento os crachás de cada um que solicita entrada no prédio, e somente após confirmada a identidade permite o acesso. Nessa analogia, o porteiro também seria encarregado de restringir o acesso de cada pessoa de acordo com a sua respectiva função em exercício e, portanto, um funcionário do setor de logística comercial não teria acesso ao setor financeiro, por exemplo.
A implementação dessa estratégia em uma arquitetura funcional exige uma compreensão precisa sobre os ativos de TI que compõem a rede, bem como definir quais suas respectivas funções e interações para configurar níveis diferentes de acesso. Nesse mesmo rumo, é necessário compreender quais as vulnerabilidades que existem no sistema, atentando-se aos diversos fatores que podem gerar falhas na segurança como aplicações em nuvem e acessos remotos.
Esse processo de análise é complexo e exige alta demanda de tempo para se realizar, podendo levar anos para conclusão em grandes empresas, e por isso, essa implementação pode ser desenvolvida em fases – permitindo que cada etapa tenha seus proveitos individuais além do resultado final estimado na conclusão da adoção.
Podemos considerar que os princípios desse modelo – desconfiança, monitoramento constante e privilégio de acesso mínimo – são formadores de uma conduta de cibersegurança altamente eficaz e capazes de inviabilizar possíveis ataques a integridade da rede, tornando o Zero Trust uma abordagem extremamente recomendada para equipes de TI que desejam garantir proteção contra diversos riscos e danos financeiros que podem surgir de uma estrutura de cibersegurança fraca.
Isso não significa que a confiança zero seja uma estratégia infalível contra ataques de cibercriminosos, e por isso é indispensável que sejam tomadas medidas de mitigação de danos e testes de segurança na operação organizacional. Quando o assunto é garantir qualidade nas camadas de segurança, a Guardsi Cybersecurity é referência em testes de penetração – que é a técnica mais eficiente para garantir a qualidade das medidas de segurança de organizações ao redor do mundo. Acesse o nosso site e fale com um especialista: www.guardsi.com.br.